Fotos: Richard Casas / GVG
Um trabalho de excelência. Assim a vice-governadora Marilisa Boehm definiu as ações realizadas no Complexo Penitenciário Regional de Curitibanos, em São Cristóvão do Sul. No local, 1.100 dos 2.100 detentos realizam atividades laborais, fazendo com que a instituição seja uma referência reconhecida nacionalmente em reabilitação social.
“Estou maravilhada. Vim para cá com uma ideia do que seria e estou surpresa com o que vi. Eu e o governador Jorginho Mello temos o interesse de fazer isso em todos os presídios. Queremos que todos os detentos trabalhem, que eles saiam com uma qualificação, para que tenham uma oportunidade quando voltarem à vida normal. Por isso escolhi Curitibanos para visitar porque eu sei que aqui é feito um trabalho de excelência, um trabalho maravilhoso”, afirmou Marilisa, no complexo que conta com a Penitenciária Regional, a Penitenciária Industrial e a Unidade de Segurança Máxima.
No complexo de São Cristóvão do Sul, município localizado à 295,4 quilômetros da Capital catarinense, os apenados trabalham para 18 empresas conveniadas. Eles manufaturam móveis, materiais de construção, brinquedos de madeira, embalagens e reciclagem de plásticos, entre outros produtos. Todos recebem um salário-mínimo mensal pela atividade laboral que exercem. “Fui delegada de Polícia por quase 30 anos. E na década de 1990 não tinha esse tipo de presídio nas cidades. E muitas vezes o apenado saia e vinha na Delegacia da Mulher para me pedir um emprego porque ele sabia que, se não fosse por meio de uma autoridade, não conseguiria um trabalho. E eu ia atrás de vagas nas empresas de Joinville, pois via que muitos queriam trabalhar, ter uma nova chance”, contou a vice-governadora.
De acordo com ela, o que acontece no Complexo Penitenciário Regional de Curitibanos é justamente dar uma oportunidade para uma nova vida para os detentos. Marilisa também parabenizou os policiais penais que atuam na unidade. “Tenho certeza de que se não fosse o trabalho deles estes homens não estariam na linha, com determinação, com vontade, com engajamento. É muito bom saber que eles vão sair daqui e conseguir um emprego, uma perspectiva, serem ressocializados”, avaliou.
A secretária adjunta de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, Joana Mahfuz Vicini, acompanhou a visita da vice-governadora. De acordo com ela, é notório que a reinserção social aplicada aos apenados de Santa Catarina, especialmente no Complexo Penitenciário da Região de Curitibanos, vai ao encontro da política do governador Jorginho Mello e da vice-governadora Marilisa Boehm, que é o trabalho pela liberdade. “Nós somos referência no Brasil, pois aqui efetivamente praticamos a política laboral. Aqui o apenado trabalha de verdade e vai conseguir se reinserir na sociedade de modo efetivo e com dignidade”, assegurou.
Atualmente, o Estado tem 53 unidades prisionais e nelas 8.360 pessoas fazem atividades laborais. Isso equivale a 34% da população carcerária em Santa Catarina, sendo que 6.736 apenados recebem remuneração, número que representa 27% do total de detentos. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais, é o índice mais alto entre todos os estados do Brasil.
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Jornalista Alessandro Bonassoli
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